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“Nada é para durar”

Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito -Chanceler da UNG – Universidade de Guarulhos -Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com
Assessoria de Comunicação Por: 23/01/2017 - 17:02 - Atualizado em: 06/06/2017 - 15:40
imagem mostra Dr Janguiê Diniz em sua mesa de trabalho
O mundo silencia com a morte de Zygmunt Bauman.
O mundo silencia com a morte de Zygmunt Bauman. O magnífico sociólogo polonês lançou mais de 50 livros e dedicou-se à análise das condições da classe trabalhadora e da lógica de exclusão social, exaltando os excluídos sob um ponto de vista marxista, de uma forma singular e como apenas ele soube fazer.
 
Entre os temas abordados por Bauman, os que mais se destacam são ligados ao consumismo, a globalização e as transformações nas relações humanas. Este último foi eternizado na obra que se tornou best-seller em 2003, Amor Líquido, que versa sobre como os relacionamentos da modernidade tendem a ser menos duradouros.
 
Aos 91 anos, Zygmunt teve uma trajetória vida entre servir ao exército polonês na Segunda Guerra, ser filiado ao Partido Comunista Polaco e, enquanto professor da Universidade de Varsóvia, foi afastado e também teve obras censuradas. De todas as suas contribuições, a obra Modernidade e Holocausto talvez tenha sido a mais emblemática e lhe rendeu, em 1989, o Prêmio Europeu Amalfi de Sociologia e Ciências Sociais.
 
O sociólogo foi o criador do termo “modernidade líquida”, onde o líquido servia como metáfora para expressar as mudanças facilmente adaptáveis, fáceis de serem moldadas e capazes de manter suas propriedades originais. Bauman nos trouxe, talvez, o conceito mais correto em relação à sociedade atual: vivemos um progresso constante e o significado e propósito da vida e da felicidade é individual.
 
Para entender as teorias de Zygmunt Bauman é preciso voltar ao passado. É preciso enxergar uma sociedade que buscava a perfeição, que detinha a sensação de controle do mundo, da economia, da natureza e, por que não dizer, da tecnologia. Entretanto, com o passar dos anos, vimos a instabilidade econômica mundial, as guerras, a revolução tecnológica acontecer e, então, todo o conceito da modernidade sólida se desfez.
 
Os pensamentos modernos de Bauman para sua época chamaram a atenção de todos. A filosofia sobre a liquefação das formas sociais: o trabalho, a família, o engajamento político, o amor, a amizade e, por fim, a própria identidade. Foi o sociólogo que nos fez refletir sobre as consequências dessas reflexões. Situações que produziam angústia, ansiedade constante e o medo líquido: temor do desemprego, da violência, do terrorismo, de ficar para trás, de não se encaixar nesse novo mundo, que muda num ritmo alucinante.
 
“Fluidez” é a qualidade de líquidos e gases. (…) Os líquidos, diferentemente dos sólidos, não mantêm sua forma com facilidade. (…) Os fluidos se movem facilmente. Eles “fluem”, “escorrem”, “esvaem-se”, “respingam”, “transbordam”, “vazam”, “inundam” (…) Essas são razões para considerar “fluidez” ou “liquidez” como metáforas adequadas quando queremos captar a natureza da presente fase (…) na história da modernidade.
 
Não podemos confundir o conceito de modernidade líquida de Bauman com a pós-modernidade tão falada e debatida nas áreas da filosofia e sociologia. Não se enxerga uma ruptura entre os conceitos de modernidade e pós-modernidade, mas sim uma continuação. Entendemos que há uma lógica diferente, uma rigidez substituída pela volatilidade, pelo imediato, pelo individualismo e pelo consumismo, mas, graças às teorias de Zygmunt Bauman podemos compreender as mudanças de uma forma mais simples, clara e objetiva.
 
Perde-se um ícone. Eterniza-se um pensador. Espera-se que as contribuições de Bauman nunca sejam esquecidas e que suas obras influenciem positivamente milhões de pessoas.
 
 
 
 
 

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Clínica Escola Veterinária da UNG recebe agendamento de consultas

Por: Karla Oliveira 18/01/2017 - 15:35 - Atualizado em: 19/01/2017 - 11:14
Os atendimentos são realizados por docentes e pós-graduandos da UNG

Hospital atende animais domésticos de pequeno e grande porte, além de animais silvestres

 

A Clínica Escola de Medicina Veterinária da UNG está recebendo o agendamento de consultas nas áreas clínicas e cirúrgicas para animais domésticos, de grande e pequeno porte, além de silvestres. O atendimento no hospital é aberto a toda sociedade, as consultas e cirurgias têm um custo mais baixo do que em clínicas particulares, tonando o serviço mais acessível.

 

Os atendimentos são realizados por docentes e pós-graduandos, com o monitoramento de professores. Além do atendimento, o espaço também oferece exames laboratoriais e de imagem, quando necessário. O tempo de espera para a realização dos serviços pode variar dependendo do quadro apresentado pelo animal, dos exames que necessitam ser realizados e do fluxo das consultas.

 

Pessoas interessadas em levar seus animais de estimação devem agendar a consulta com antecedência, seja na recepção, ou por telefone. Os casos emergenciais serão avaliados pela equipe clínica e, se confirmada a urgência, serão atendidos sem agendamento prévio.

 

Sobre a Clínica

A Clínica Escola de Medicina Veterinária da UNG vem atuando desde 2000 a serviço da sociedade. Segundo a professora Angélica Silva, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Instituição, o curso tem melhorado o atendimento a cada ano. “A Clínica Escola tem ampliado os seus serviços. O atendimento é realizado por pós-graduandos em especialização nas várias áreas, acompanhados por alunos de graduação e sob a tutoria de professores", afirma.

 

Serviço

Local: Prédio H da Unidade Guarulhos - Dutra da Instituição;

Endereço: Rua Primeiro – Tenente - Aviador Aurélio Viêira Sampaio, 111 - Vila Herminia, Guarulhos – SP;

Atendimento: de Segunda a sexta-feira, das 8h30 às 20h30;

Agendamento: (11) 2423-7601. 

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UNG Universidade oferece curso gratuito de Linux

A atividade foi voltada aos ingressantes na área da computação que buscam descobrir os mistérios do Linux
Por: Karla Oliveira 16/01/2017 - 11:01
Curso: “Desvendando os mistérios do Linux"
O curso ofereceu aos participantes uma visão atual do profissional que atua com Linux

O Departamento de Ciências da Computação da UNG Universidade ofereceu nos dias 9, 11 e 13 de janeiro, o minicurso “Desvendando os mistérios do Linux”. A atividade foi destinada aos ingressantes na área da computação que buscam a familiarização com o Linux. O curso aconteceu em seis módulos, divididos entre: OpenSource Moviment, GNU\LINUX, FHS (File System Hierarchical), Linux Instalaton e Basic Comands.

“O curso ofereceu aos participantes uma visão atual do profissional que atua com Linux. Tivemos alunos que ainda não haviam tido nenhum contato com a universidade bem como alunos de outras Instituições de ensino que ficaram surpresos com a eficiência de um curso com custo zero e com emissão de certificado e homologado pela coordenação de curso. Mais um passo para tornarmos a UNG uma referência ainda mais consolidada na região”, declarou o Professor da instituição, Fábio Codo.

A atividade foi ministrada por Rafael Oliveira Silva, que é analista de soluções DevOps e desenvolvem web linguagens de PHP e Python. Ele é estudante do curso de Ciências da Computação da universidade. “A UNG busca surpreender nossos futuros alunos com experiências de nossos próprios alunos. O Rafael é um caso empírico de sucesso na carreira de Tecnologia da Informação que tem agregado muito aos nossos cursos.  Nós não nos preocupamos apenas em vender um curso, mas sim prover um acolhimento do aluno na área. Desvendar os mistérios do Linux é um primeiro passo para uma carreira de sucesso”, ressalta o professor.

Sobre o palestrante - Rafael Oliveira Silva, estudante da UNG Universidade do curso de Ciência da Computação é analista de soluções DevOps, ele trabalha com solução OpenSouce, DevOps, automação de Infraestrutura e treinamento, desenvolvendo na web linguagens de PHP e Python. Rafael usa experiência tanto em infraestrutura (Ops) com desenvolvimento (Dev) para construir soluções e aumentar produtividade nas equipes.  O aluno é certificado na LPIC-2 entusiasta de DevOps e Software Livre. 

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Grupo Ser Educacional oferece mais de 70 mil vagas em cursos gratuitos

Os cursos fazem parte do projeto Capacita e estão distribuídos em várias regiões do País
Assessoria de Comunicação Por: Mirella Ribeiro 12/01/2017 - 15:29
capacita
Os cursos ocorrerão em janeiro

Para quem procura uma oportunidade de aprimorar as habilidades e se capacitar para o mercado de trabalho, as instituições do Grupo Ser Educacional, UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, UNG Universidade, UNAMA – Universidade da Amazônia, FIT/UNAMA Faculdades Integradas do Tapajós, Faculdades Maurício de Nassau e Faculdades Joaquim Nabuco, estão oferecendo essa chance de forma gratuita. Trata-se do projeto Capacita, que tem o objetivo de levar cursos rápidos de capacitação a qualquer pessoa interessada em qualificação profissional e adquirir novos conhecimentos. 

 

São mais de 70 mil vagas em, aproximadamente, 1016 cursos, distribuídos nas áreas como Direito, Administração, Pedagogia, Ciências Contábeis, Sistemas de Informação, Redes de Computadores, Fisioterapia, Farmácia, Recursos Humanos, Serviço Social, Jornalismo e Publicidade, Logística, Nutrição entre outras. Os temas são variados, abordando, por exemplo, Como se tornar um líder coach; Excel como ferramenta de gestão; Maquiagem e Camuflagem; Cozinha Prática e Rápida; Português para concurso; Oficinas de doces finos; Primeiros socorros; Maquiagem de Carnaval; entre outros. 

 

As instituições do grupo Ser Educacional estão distribuídas em várias cidades das Regiões Norte, Nordeste e Sudeste do País. Os cursos estão sendo realizados durante todo o mês de janeiro e os interessados em participar deverão contribuir com um quilo de alimento não perecível, que serão doados às instituições beneficentes. Mais informações sobre a programação das unidades podem ser conferidas nos links abaixo:

 

UNINASSAU e Faculdade Maurício de Nassau

 

UNINASSAU Recife (PE) - http://www.uninassau.edu.br/noticias/uninassau-oferta-8400-vagas-em-cursos-gratuitos-para-populacao

 

UNINASSAU Maceió (AL) –  http://www.uninassau.edu.br/noticias/uninassau-maceio-oferece-20-mil-vagas-em-cursos-de-capacitacao-gratuitos

 

Cabo de Santo Agostinho (PE) - http://www.uninassau.edu.br/noticias/nassau-oferta-840-vagas-em-cursos-gratuitos-em-jaboatao-e-no-cabo

 

Aracaju (SE) – http://www.uninassau.edu.br/noticias/nassau-aracaju-oferta-mais-de-2000-vagas-para-cursos-gratuitos

 

Vitória da Conquista (BA) - http://www.uninassau.edu.br/noticias/faculdade-mauricio-de-nassau-oferece-35-cursos-gratuitos-para-alunos-e-comunidade

 

Natal (RN) - http://www.uninassau.edu.br/noticias/nassau-oferece-mais-de-2-mil-vagas-gratuitas-para-capacitacao-no-rn

 

Manaus (AM) -  http://www.uninassau.edu.br/noticias/mauricio-de-nassau-promove-capacita-20171

 

Petrolina (PE) - http://www.uninassau.edu.br/noticias/em-petrolina-nassau-oferece-cursos-profissionalizantes-gratuitos

 

Lauro de Freitas (BA) - http://www.uninassau.edu.br/noticias/nassau-oferta-mais-de-700-vagas-em-cursos-gratuitos

 

João Pessoa (PB) – http://www.uninassau.edu.br/noticias/projeto-capacita-oferece-mais-de-1300-vagas-em-34-cursos-gratuitos

 

Salvador (BA) – http://www.uninassau.edu.br/noticias/1800-vagas-em-cursos-de-capacitacao-gratuitos-sao-oferecidas-em-salvador

 

Feira de Santana (BA) - http://www.uninassau.edu.br/noticias/nassau-oferta-mais-de-700-vagas-em-cursos-gratuitos

 

Teresina Nassau Aliança (PI) – http://www.uninassau.edu.br/noticias/faculdade-mauricio-de-nassaualianca-abre-inscricoes-para-cursos-gratuitos

 

Teresina Nassau FAP (PI) - http://www.uninassau.edu.br/noticias/fapteresina-abre-inscricao-dos-cursos-do-capacita

 

Campina Grande (PB) - http://www.uninassau.edu.br/noticias/nassau-campina-grande-oferta-cursos-gratuitos

 

Fortaleza (CE) - http://www.uninassau.edu.br/noticias/gordinha-sim-linda-tambem-sera-um-dos-71-cursos-gratuitos-do-capacita-2017

 

Parnaíba (PI) – http://www.uninassau.edu.br/noticias/faculdade-oferece-mais-de-2600-vagas-em-cursos-de-capacitacao

 

Jaboatão dos Guararapes (PE) – http://www.uninassau.edu.br/noticias/nassau-oferta-840-vagas-em-cursos-gratuitos-em-jaboatao-e-no-cabo

 

Caruaru (PE) – http://www.uninassau.edu.br/noticias/capacita-oferece-cursos-profissionalizantes-gratuitos-populacao-de-caruaru

 

Belém (PA) - http://www.uninassau.edu.br/noticias/nassau-capacita-sociedade-para-o-mercado-de-trabalho-no-mes-das-ferias

 

 São Luís (MA) - http://www.uninassau.edu.br/noticias/projeto-capacita-oferece-15-cursos-gratuitos

 

 

Faculdades Joaquim Nabuco

 

 Recife (PE) - http://www.joaquimnabuco.edu.br/noticias/minicursos-e-oficinas-profissionalizantes-gratuitos-na-nabuco-recife

 

Janga (PE)- http://www.joaquimnabuco.edu.br/noticias/nabuco-janga-oferta-cursos-gratuitos-com-o-capacita

 

Olinda (PE)- http://www.joaquimnabuco.edu.br/noticias/em-olinda-cursos-profissionalizantes-gratuitos-acontecem-em-janeiro

 

São Lourenço (PE) - http://www.joaquimnabuco.edu.br/noticias/oficinas-profissionalizantes-gratuitos-em-sao-lourenco-da-mata

 

Paulista (PE) - http://www.joaquimnabuco.edu.br/noticias/cursos-profissionalizantes-gratuitos-na-nabuco-paulista-em-janeiro-0

 

UNG Universidade (SP) http://www.ung.br/noticias/universidade-oferece-10-mil-vagas-para-cursos-de-ferias

 

UNAMA – Universidade da Amazônia (PA) - http://www.unama.br/noticias/universidade-promove-cursos-de-extensao-durante-o-mes-de-janeiro

 

FIT/UNAMA – Faculdades Integradas do Tapajós (PA) - http://www.unama.br/noticias/capacita-2017-segue-com-inscricoes-abertas

 

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UNG Universidade firma parceria com SBC - Sociedade Brasileira de Computação

A UNG passa a participa da maior e mais conceituada comunidade de pesquisa e ensino na área da computação do país
Assessoria de Comunicação Por: Karla Oliveira 12/01/2017 - 12:46 - Atualizado em: 12/01/2017 - 16:27
pinguins
A SBC é uma sociedade científica sem fins lucrativos com 38 anos de atuação
O Departamento de Ciência da Computação e os Cursos Tecnológicos da UNG firmaram recentemente uma parceria com a SBC - Sociedade Brasileira de Computação.
A SBC é uma sociedade científica sem fins lucrativos com 38 anos de atuação, que reúne estudantes, professores, profissionais, pesquisadores e entusiastas da área de computação e informática de todo o Brasil.
 
A SBC tem como função fomentar o acesso à informação e cultura por meio da informática, promover a inclusão digital, incentivar a pesquisa e o ensino em computação no Brasil e contribuir para a formação do profissional da computação com responsabilidade social. Entre as atribuições da SBC está a aplicação do teste POSCOMP (Exame Nacional para Ingresso na Pós-Graduação em Computação), mais informações sobre a SBC no site: http://www.sbc.org.br/institucional-3/sobre.
 
A UNG passa a participar da maior e mais conceituada comunidade de pesquisa e ensino na área da computação do país. Os projetos já desenvolvidos pela SBC como a Maratona de Programação, Meninas Digitais entre outros poderão em breve ser incorporados na UNG tornando-a referência ainda mais sólida na área de computação na região metropolitana de São Paulo.
 
“Com a parceria, o nosso curso terá uma evidência mais consolidada na área da computação. Os projetos de pesquisa trabalharão os nossos alunos para a continuidade dos estudos em um programa de pós-graduação”, ressalta o Prof. Fabio Codo, coordenador dos cursos de Bacharel em Ciência da Computação, Tecnologia em Sistemas para Internet, Gestão da TI e Redes de Computadores da UNG Universidade.
 
 

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Manual de Identidade Visual

Por: Taísa Silveira 12/01/2017 - 12:23 - Atualizado em: 06/06/2017 - 15:24

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Carandiru II

Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Chanceler da UNG – Universidade de Guarulhos - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional
Por: Melissa Fernandes 11/01/2017 - 16:35
Janguiê Diniz

Uma das rebeliões mais chocantes da história desde o Carandiru. Essa pode ser a definição para o massacre de 60 presos, ocorrido em Manaus, após uma rebelião que durou menos de 1 dia. A culpa do episódio é atribuída a uma guerra entre facções dentro da própria penitenciária, que tinha capacidade para 454 detentos, mas abrigava 1.224 pessoas. A resposta veio alguns dias depois em Roraima com a morte de cerca de 35 presos em retaliação ao ocorrido em Manaus.

Infelizmente, o caso de Manaus não foi apenas uma fatalidade, mas, uma consequência da crise no sistema presidiário vivido, há anos, pelo Brasil. O nosso país apresenta uma das maiores taxas de superlotação carcerária do mundo e foi denunciado internacionalmente pelas condições de alguns dos complexos prisionais.

Dados de 2015 ressaltam que há um déficit de 244 mil vagas no sistema penitenciário brasileiro. No total, o Brasil conta com 622.202 presos e destes, 40%, estão em situação provisória, aguardando julgamento. No Piauí, por exemplo, o índice chega a 66%. Há superlotação em todas as unidades da federação. Em média, os presídios estão com 66% de detentos a mais que a capacidade. Em Pernambuco, no entanto, essa taxa chega a 184%.

O pensamento mais rápido para solucionar a crise carcerária seria a construção de novos presídios. Entretanto, não há mais condições de expandir o número de vagas, muito menos na proporção que a demanda sempre crescente requer. Construir novas prisões não é mais uma opção viável, nem economicamente e nem socialmente. Além disso, pensar apenas o encarceramento como política de segurança não irá resultar na redução das taxas de criminalidade.

A realidade é que temos uma cultura da prisão enfatizada e exacerbada. A sociedade, em geral, tende a enxergar a prisão como única resposta à delinquência. Porém, a tendência a longo prazo será mostrar que a liberdade deverá ser preservada, desde que os casos sejam avaliados e ponderados. O que, infelizmente, a lentidão do nosso sistema judiciário não tem permitido.

As cadeias apresentam condições subumanas e não podemos dizer que possuem sistema capaz de proporcionar a regeneração dos internos. As deficiências não são apenas estruturais – não há, inclusive, assistência judicial suficiente para acompanhamento dos processos. Faltam recursos humanos e condições de trabalho nos presídios – em São Paulo, por exemplo, a média é de um agente prisional para 400 detentos. 

Um exemplo que pode ser levado em consideração é o sistema prisional do Espirito Santo, que há pouco mais de dez anos também viveu uma situação de caos, com um cenário de superlotação, escassez de agentes penitenciários e falta de um modelo de gestão. O governo do Estado decidiu por investir mais de R$ 450 milhões em um processo de criação das atuais 26 unidades prisionais capixabas, seguindo um modelo arquitetônico padronizado criado nos Estados Unidos em que os detentos não se comunicam e com salas específicas onde os internos participam de oficinas profissionalizantes e recebem atendimento médico. O resultado foi a diminuição da quantidade de fugas, tumultos internos e ainda a dificuldade de organização das facções criminosas dentro das cadeias.

Em outros estados como Alagoas, Goiás e Mato Grosso do Sul, a aposta está em unidades prisionais que investem na ressocialização dos presos. Neste caso, a experiência se baseia em um modelo espanhol. Por lá, os detentos não podem usar entorpecentes e todos trabalham na manutenção da unidade e em empresas conveniadas ao sistema. Ao cumprirem suas penas, os presos são encaminhados para convênios do governo com empresas, para a colocação no mercado de trabalho. O resultado foi a redução de reincidência para 5%.

Claro que esses são modelos pontuais e que também não respondem pela totalidade dos estados em que estão aplicados. Mas, são apostas que tem dado retorno e que, se bem estudadas, podem ajudar a transformar todo o sistema prisional brasileiro. Boas ideias precisam ser disseminadas e apoiadas. Além disso, não podemos esquecer que é preciso um trabalho junto à população com a melhoria da desigualdade social através da educação, saúde, infraestrutura. Essas ações possibilitarão a diminuição da criminalidade e, consequentemente, da população carcerária.

 

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Capacita 2017.1

Por: Mirella Ribeiro 03/01/2017 - 17:42 - Atualizado em: 03/01/2017 - 17:44

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O fracasso da educação?

Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Chanceler da UNG Universidade – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional
Assessoria de Comunicação Por: Silvia Fragoso 02/01/2017 - 12:07 - Atualizado em: 02/01/2017 - 12:17
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A educação deve ser prioridade no Brasil

Muito é discutido sobre a educação no Brasil. Como resultados de todos os debates, é consenso que nunca atingiremos nosso total potencial de desenvolvimento se não melhorarmos nosso ensino público – fundamental e médio. Infelizmente, os resultados das avaliações internacionais continuam muito ruins e o Brasil segue entre os piores do mundo no ranking mundial de educação.

Sempre preguei que os países asiáticos deveriam servir de exemplo para nossa reforma educacional e desta vez não foi diferente. O ranking do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), trouxe Cingapura na liderança, enquanto o Brasil caiu nas três áreas do conhecimento que são avaliadas: matemática, leitura e ciências.

Foram 70 países avaliados e, em leitura o Brasil ficou na 59º posição. Em matemática na 65º. Em ciências, principal foco desta pesquisa, o Brasil está na 63º posição, a frente apenas de países como Peru, Líbano e República Dominicana. Isso significa dizer que mais da metade dos estudantes brasileiros têm desempenho em ciências considerado abaixo do básico pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

Entretanto, não apenas o Brasil é um caso preocupante. Avaliando o ranking por completo é possível perceber que houve uma estagnação da educação em todo o mundo na última década. O resultado desse desempenho pode refletir a longo prazo no desenvolvimento socioeconômico dos países, apresentando um processo de recessão permanente.

Investir em educação é caro, sim. Porém, os benefícios de uma sociedade educada superam, de longe, os custos e investimentos em melhorias. A avaliação da OCDE é determinada por níveis e o nível 2 de aprendizagem em ciências é o mínimo necessário para se tornar um cidadão “crítico” e “informado”. Nesse nível, os estudantes começam a demonstrar as competências que vão permitir que eles participem “efetivamente e produtivamente” nas situações cotidianas relacionadas a ciência e tecnologia.

Não é a primeira vez que o Brasil passa vexame no ranking. Em 2013, os resultados do Pisa mostraram que apenas 8% dos alunos brasileiros terminam o ensino fundamental com conhecimentos adequados tanto em português quanto em matemática.

É fácil entender porque Cingapura lidera o ranking nas três áreas do conhecimento avaliadas: o país investe em avaliações regulares, promovendo acesso à formação contínua e uma educação de base muito desenvolvida. Claro que, mesmo melhores sistemas do mundo têm dificuldades, porque a mudança é limitada. A educação depende das pessoas para que as transformações aconteçam.

É possível mudar a situação do Brasil? Sim, claro. Muitas das medidas que poderiam causar grande transformação nas salas de aulas brasileiras não acarretariam em gasto algum. Usar de maneira eficiente o tempo em que alunos já estão na escola é uma delas. Isso porque, de acordo com um estudo do Banco Mundial, apenas 66% do tempo de sala de aula no Brasil é gasto efetivamente com o ensino. Os outros 34% são desperdiçados com atividades burocráticas, como chamada, a cópia de deveres de casa ou pedindo disciplina. A cota de “desperdício” em países da OCDE é de apenas 15%.

Também virou moda no Brasil pensar que os problemas da educação só serão resolvidos se houver muito mais dinheiro para o setor, para tanto, muitos pedem a destinação imediata de 10% do PIB para a educação. Entretanto, o país que mais investe em educação no mundo hoje é a Islândia, destinando 7,8% de suas riquezas para o setor.

É preciso garantir escolas com infraestrutura decente. Acabar com a desigualdade entre escolas públicas bem cuidadas e outras caindo aos pedaços é dar oportunidades equânimes aos brasileiros de todas as regiões. É preciso, ainda, ampliar educação técnica e profissional. De 15 a 19 anos, mais de 50% dos jovens alemães têm aulas de ensino profissionalizante com a educação regular. No Brasil, ficamos em 6,6%.

As taxas de repetência no Brasil ainda são altas na rede pública. Chegam a 14,1% no ensino médio e 10,6% no ensino fundamental. Significa dizer que de cada 100 alunos, 13 estão cursando a mesma série do ano anterior. A taxa está entre as maiores da América Latina e bem distante da de países desenvolvidos. Pesquisas comprovam que a repetência é um desestímulo que atinge as notas do estudante por toda a vida, além de um grande incentivo à evasão escolar.

Temos que melhorar a educação no Brasil para que possamos crescer mais, com mais produtividade e justiça social. Para isso, precisamos nos afastar das concepções equivocadas e focar na melhora da gestão, como foi feito em alguns municípios brasileiros e que apresentam resultados magníficos. É preciso expandir esses projetos e criar melhores práticas. Apenas assim poderemos nos orgulhar da educação brasileira.

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Edital seleção Mestrado UNG - Medicina Veterinária 2017.1

Por: Luisa Cedrim 29/12/2016 - 11:08

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