Clicky

Selecione a cidade
0800 281 9994

Notícias › Opinião


Recuperação da economia: esperança à vista?

Janguiê Diniz - Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo
Assessoria de Comunicação Por: 21/12/2020 - 11:07 - Atualizado em: 13/01/2021 - 08:00
É inegável que a pandemia teve impactos devastadores em toda a cadeia produtiva e econômica do Brasil (e do mundo, é bem verdade). Empresas fecharam ou tiveram suas atividades drasticamente reduzidas, muitos trabalhadores perderam seus empregos. Neste terceiro trimestre de 2020, no entanto, a economia começou a dar sinais de recuperação. Mas será que estes índices são confiáveis e podem mesmo trazer a esperança de uma retomada robusta?
 
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma alta de 7,7% no terceiro trimestre em comparação com os três meses anteriores, o que tirou o Brasil da chamada recessão técnica, segundo o IBGE. No segundo trimestre do ano, o resultado havia sido de uma queda de 9,7%, a depressão mais intensa desde o início dos registros trimestrais pelo IBGE, em 1996. Também pudera, com uma crise sanitária e econômica sem precedentes, um tombo assim seria de se esperar. É bem animador ver os novos resultados, advindos de uma retomada mais forte das atividades. Depois de um período de fechamento da economia, é de se imaginar que o trimestre mais recente registraria alta por conta do relaxamento das medidas de isolamento. O dinheiro voltou a circular com mais frequência. Há, todavia, alguns pontos a serem observados:
 
Primeiro, que esse indicativo de retomada não deve ser, ainda, motivo de euforia, mas um motivador para que se continue a envidar esforços para garantir o desenvolvimento da economia. Políticas públicas precisam ser até reforçadas e expandidas para gerar ainda mais estímulo. Neste ponto, programas de microcrédito são muito bem-vindos, pois possibilitam o surgimento e manutenção de pequenos negócios.
 
Também não se deve usar o argumento de que “precisamos voltar à normalidade para sustentar a economia”. A tal “normalidade” ainda demorará a chegar, pois precisamos da tão sonhada vacina contra a covid-19. Por ora, ainda é tempo de prudência – é sempre bom lembrar que estamos vivendo uma nova alta nos casos da doença no país e em diversas outras partes do mundo. É melhor não relaxar demais para, depois, não precisar fazer o movimento contrário, apertando o cinto exageradamente.
 
É fato que precisamos, por exemplo, retomar atividades como as das instituições de ensino, principalmente as escolas. Com os protocolos e cuidados necessários, é possível. É justamente esse cuidado que não deve ser abandonado. Não se pode ignorar que o coronavírus continua circulando e, por isso, cabe a todos serem prudentes na volta à “vida normal”, mesmo ela ainda exigindo uma série adaptações. Assim, o motor econômico volta a girar com mais constância, sem intermitências, podendo manter um ritmo benéfico para todos.
 

Comentários