O Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta terça-feira (8), é um marco histórico que mostra os avanços da sociedade em busca de equidade em todos os ambientes, em especial no ambiente de trabalho. O reconhecimento se dá não apenas na posição da mulher na sociedade, mas também nos cargos ocupados e nas oportunidades criadas, de modo que seja construído um ambiente mais igualitário.
Como forma de mostrar que a jornada profissional é fundamental na vida de uma pessoa, conversamos com a reitora da Uninabuco, instituição do Grupo SER Educacional, Sabrina Lacerda, sobre sua trajetória. Seu sonho sempre foi trabalhar com ensino, a princípio como professora. Porém, com o tempo, surgiram outras oportunidades para explorar diferentes caminhos. Formada em ciências contábeis, Lacerda trabalhou no setor industrial por muitos anos, chegando a atuar à frente da Federação das Indústrias. “Foi quando eu comecei a colocar em prática a questão da docência, fazendo capacitações, trabalhando com instrutoria, logo em seguida tive a oportunidade de começar a trabalhar com educação do ensino superior em 2007, e não parei mais”, ela relembra.
Foi a partir daí que seu caminho não se separou mais do ambiente educacional. Foram anos trabalhando com consultoria e docência em diferentes instituições no estado, entre elas o Sebrae, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Rural (UFRPE). Sabrina começou a se aprofundar nas modalidades presencial e a distância, tanto na graduação quanto na pós.
É notável sua trajetória, mas ela reconhece que não é tão fácil para todas as mulheres simplesmente seguirem a carreira dos sonhos, tendo em vista os empecilhos e preconceitos que surgem. “Isso é um gargalo que a nossa sociedade apresenta e que não é de hoje. São muitas décadas, coisa já bastante antiga. E até pra isso [a mulher] já é preparada, para saber lidar da melhor maneira, e se impor para que não haja conflito. [É preciso] trabalhar isso para que as pessoas entendam que não é o gênero que vai influenciar no posto de liderança, e sim o trabalho que a pessoa executa”, ela explica.
O cargo que Lacerda ocupa atualmente, como reitora, é um claro fruto de sua dedicação e seriedade, que foram mostradas por meio das oportunidades que ela alcançou profissionalmente. "Eu iniciei como professora, depois fui coordenadora de curso, e após a coordenação, estou no cargo de direção de unidade. É uma trajetória de muitos anos, de muito trabalho. O cargo que eu ocupo é de muita estratégia, muita confiança dos meus gestores. E esse cargo também me traz muitas possibilidades de aprendizagem", ela reconhece.
Sabrina comenta ainda sobre a importância da sua participação na instituição, ocupando um posto de gestão. Para ela, todos os momentos são únicos de aprendizado e de pôr em prática seus conhecimentos e experiências. “A gente pensa que não, que quando chegamos em um cargo desse, já sabemos de tudo, mas a gente não sabe de nada. Aprendemos todos os dias, independente do cargo que ocupamos. Mas hoje, em uma direção de unidade, a gente tem um outro sentimento, um outro olhar da instituição. Porque a gente tem que cuidar da instituição como um todo, então é um sentimento de dono mesmo. Não é somente a questão acadêmica, tenho que pensar no administrativo, nas relações humanas, na motivação, na captação. Então eu tenho que pensar na instituição como um todo”, ela comenta.
Sendo uma liderança importante na formação e qualificação de novos profissionais, Sabrina Lacerda busca incentivar seus estudantes a enfrentarem suas inseguranças para ocupar cargos mais altos na carreira. “A mensagem que eu deixo para estudantes e futuros profissionais, que se sentem inseguros em assumir cargos de chefia, é que não tenham medo. Quem trabalha com muito foco, muita dedicação, muito trabalho mesmo. Não tenha medo, o futuro é esse mesmo. Existem cargos de chefia, cargos de liderança, cargos importantes dentro de estruturas organizacionais, então, não tenha medo. Estudando a gente chega lá, o estudo nos possibilita uma infinidade de coisas inclusive assumir postos de chefia. E não é para ter medo, na verdade é consequência do trabalho bem executado, com muita seriedade, serenidade, e é fruto do esforço da pessoa ao longo do tempo”, encoraja a reitora.
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