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Mindfulness: mais que meditação, uma maneira de manter a saúde em dia

O uso desta técnica meditativa vem ganhando cada vez mais adeptos e se consolidando entre a comunidade médica. O tema será discutido no I Congresso Multiprofissional de Saúde da UNG, neste mês de maio
Por: Paula Brasileiro 11/05/2017 - 13:47 - Atualizado em: 11/05/2017 - 13:44
O mindfulness vem sendo uso no tratamento de várias doenças
O mindfulness vem sendo uso no tratamento de várias doenças

Oriunda das tradições asiáticas e budistas, a meditação é uma espécie de treinamento da mente para o autoconhecimento e evolução espiritual. Existem diversas técnicas meditativas mas, uma delas em especial, vem chamando atenção de pessoas não praticantes da religião e, sobretudo, da classe médica, por seu poder de ação na saúde humana e na prevenção de doenças - é o mindfulness.

 

Foi o biólogo americano Jon Kabat-Zinn que, na década de 1970, introduziu as técnicas orientais em seu trabalho como uma alternativa ao uso de química no tratamento de pacientes. Ele montou um programa de exercícios para o cérebro - batizado de mindfulness - testado em um grupo de pessoas insensíveis a analgésicos. Diante do êxito do tratamento alternativo, outros profissionais passaram a usá-lo para outras doenças relacionadas ao estresse  e, a partir dos anos 2000, começaram a se multiplicar as comprovações científicas do uso  do método como melhoras na imunidade e sucesso no tratamento de depressão e ansiedade.

Como funciona o mindfulness?

Mindfulness se trata de focar a atenção no que se faz, enquanto se faz - e fazê-lo como se fosse a primeira vez. A intenção é estar presente no momento concentrando-se em uma atividade específica, e nas sensações que esta provoca no corpo, sem desviar a mente para outros motivos nem reagir no 'piloto automático'. Para atingir o estado de mindfulness, existem algumas técnicas, uma delas é a da respiração - na qual o praticante foca no ato de respirar, sentindo o ar entrar e sair pelas narinas, sem interferir no processo, e percebendo como ele atua em seu organismo. Mas o processo pode ser feito até mesmo durante atividades corriqueiras do dia a dia, como tomar banho, comer ou ouvir uma música, por exemplo.

Resultados

Mais de quatro mil artigos publicados no PubMed (serviço da U.S. National Library of Medicine) demonstram os bons resultados da aplicação do mindfulness para fins terapêuticos. Eles trazem casos de pacientes em tratamento de câncer, hipertensão e outras doenças crônicas, além de males de fundo emocional, e relatam resultados como melhoria da imunidade física, resistência à dores crônicas e diminuição da ansiedade.  

Os benefícios têm sido tão bem recebidos pela comunidade médica que em alguns lugares do mundo, como o Reino Unido, o método já foi adotado como terapia no sistema público de saúde, No Brasil, a cidade de São Paulo conta com o programa Mente Aberta, desenvolvido pela Unifesp, que leva a técnica para pacientes do SUS.

'Mindfulness para estresse e saúde'

O tema será discutido durante o I Congresso Multiprofissional de Saúde, que será realizado na UNG entre os dias 18 e 20 de maio. O minicurso 'Mindfulness para estresse e saúde' será ministrado durante o evento, pela professora Luiza Tanaka, trazendo à tona especificidades e a relevância do seu uso no tratamento de pacientes com as mais diversas patologias. No curso, também haverá a realização de práticas de escaneamento corporal, consciência da respiração, abertura e auto-gentileza e gentileza.  

Luiza Tanaka, Pós-doutora em enfermagem, pratica e estuda a técnica há cerca de 10 anos. Ela é instrutora de Práticas de Atenção pela Associação Palas Athenas no Brasil e certificada a ministrar o curso de mindfulness pela Fundação Breathworks, da Inglaterra. A professora fala sobre a importância de também praticar o mindfulness: "É muito importante que antes de ensinar é necessário praticar, praticar e praticar consigo. A prática consiste no profundo autoconhecimento dos seus pensamentos, falas e ações no cotidiano da vida, tendo como essência a ética e o desapego."

A doutora também comentou sobre a relevância de trabalhar o assunto entre estudantes e profissionais de saúde: "É muito importante que antes de ensinar é necessário praticar, praticar e praticar consigo. A prática consiste no profundo autoconhecimento dos seus pensamentos, falas e ações no cotidiano da vida, tendo como essência a ética e o desapego."

Quer saber mais sobre o I Congresso Multiprofissional de Saúde? As inscrições já estão abertas. Clique aqui e confira a programação.

 

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