
Cuidar da saúde da população é algo que vai além de tratar enfermidades. Garantir o saneamento básico, elaborar ações para a prevenção de doenças e criar medidas para evitar e tratar epidemias, são algumas das funções atribuídas aos sanitaristas, assim como a manutenção do Sistema Único de Saúde (SUS). Muita gente não sabe, mas para garantir que pessoas não fiquem doentes é preciso, antes de tudo, cuidar do ambiente em que vivem, com medidas que beneficiem a população como um todo.
Oswaldo Cruz e o sanitarismo
Um dos exemplos práticos de como a aplicação de medidas sanitárias à população é importante para a erradicação e prevenção de doenças, está na história do sanitarista Oswaldo Cruz. Em meados de 1900, o médico tornou-se diretor geral de Saúde Pública (o que nos dias de hoje, seria correspondente ao Ministro da Saúde), cargo em que enfrentou diversos desafios, mas com o qual conseguiu ajudar centenas de pessoas.
Oswaldo tratou uma epidemia de peste bubônica, investiu em diversas campanhas de saneamento básico, combateu a febre amarela, a varíola, além de ser responsável por uma reforma no Código sanitário. Em dado momento, por conta dos surtos de varíola, o profissional instituiu a obrigatoriedade da vacina, o que revoltou a população (que iniciou um movimento chamado Revolta da Vacina), mas serviu para chamar atenção do governo para a criação de políticas de vacinação em massa.
Sistema Único de Saúde (SUS) e a Reforma Sanitária
No início dos anos de 1970, o movimento da Reforma Sanitária foi criado com intenção de inserir um conjunto de ideias necessárias para transformações na área da saúde. Tudo isso para melhorar a vida da população. As propostas apresentadas por médicos e outros especialistas, que participavam do movimento, acabaram resultando na universalidade do direito à saúde, oficializado com a Constituição Federal de 1988 e na criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Além das doenças
Para trabalhar com ações sanitárias é preciso entender que a função de sanitarista vai além do tratamento de doenças. O profissional é capacitado para coletar e analisar dados, planejar e programar as ações e sugerir propostas, projetos e programas para a área da saúde, de forma coletiva. Ele trabalha com promoção da saúde, proteção da saúde e recuperação da saúde.
Sendo promoção da saúde: a identificação, análise e intervenção de atividades relacionadas à Saúde Coletiva; Proteção da saúde: prestação de serviços de vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental, controle de doenças e redução de danos; Recuperação da saúde: análise institucional, gestão de processos e práticas de cuidado, serviços e programas assistenciais e de reabilitação, entre outros.
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