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Como preparar um almoço bom e barato na Páscoa?

A festividade é repleta de dúvidas sobre como preparar algo saboroso, gastando pouco
Assessoria de Comunicação Por: 03/04/2019 - 17:00 - Atualizado em: 03/04/2019 - 17:04
Imagem mostra ovos de páscoa
Professora de gastronomia dá dicas para almoço
Por Juney Freire
 
Historicamente, a Páscoa é um período de celebração associado também a muitas comidas. Nessa hora, as cozinhas das casas ficam lotadas, envolvendo afazeres desde a concepção do almoço até as sobremesas. É sempre um momento especial para reunir a família e nós, brasileiros, ainda aproveitamos para fortalecer a ocasião trazendo os amigos mais chegados. É neste momento que ficamos na dúvida do que preparar para tanta gente e, procurando não gastar tanto, vamos à procura das melhores opções.
 
A professora de Gastronomia da UNIVERITAS – Centro Universitário Universus Veritas, no Rio de Janeiro, Paola Gonçalves, explica que pratos feitos com peixe, bacalhau e afins são típicos no Brasil, devido à influência europeia, tais como italiana e portuguesa, e também ao fato de muitas pessoas não consumirem carne vermelha na sexta-feira que antecede ao domingo de Páscoa, por conta de ser uma tradição cristã. No entanto, quem pensa que o almoço pode sair caro por conta de estarmos falando de especialidades do mar, está enganado. É possível, sim, economizar na escolha dos peixes. “A dica é optar pelos peixes congelados, em vez dos frescos, e do bacalhau em iscas no lugar do bacalhau do Porto. Assim, vale a preferência por filé de cação, tilápia, os peixes asiáticos, a polaca do Alasca – vendido como merluza –, e o panga – vendido como linguado. Estes têm um preço mais acessível e nos permite fazer pratos bem interessantes”, revela Paola.
 
Para completar o prato, vale a compra de produtos da safra e em promoção.
 
Segue a sugestão de almoço da chef:
 
- Entrada: Salada de legumes grelhados (o que tiver na geladeira). Agora, se for às compras, a sugestão é: tomate, cebola, abobrinha, abóbora, cenoura, berinjela. Temperar com orégano, sal, pimenta e um fio de azeite;
- Prato principal: Espaguete ao molho de tomate com iscas de bacalhau e azeitonas pretas. Outra opção é o filé de polaca ao papillote com batatas ao murro;
- Sobremesa: Pudim de pão;
- Acompanhamento: Água aromatizada com rodelas de limão e laranja.
 
Ainda é possível reaproveitar ingredientes do almoço de Páscoa. Quem fizer moqueca, por exemplo, pode utilizar as sobras para fazer uma espécie de escondidinho de batata, um risoto, ou ainda agregar a uma massa. Quem fizer bacalhau, é possível processar e fazer bolinho com recheio de panquecas.
 
Já a hora das sobremesas vai de bolos e pudins, ou até o mais procurado: o ovo de páscoa. O chocolate, definitivamente, não pode faltar. Para algumas famílias, se não tiver ovo, não tem páscoa. Mas, devido aos preços cada vez mais elevados do produto, surge uma novidade: o ovo caseiro.
 
OVOS DE PÁSCOA
 
Hoje, quem quiser evitar as filas ou, até mesmo, obter um lucro em cima deste item culinário tão procurado na época de Páscoa, pode recorrer à fórmula caseira. Na opinião da professora Fabiana Pereira, mestre em Gastronomia na UNIVERITAS Rio, graças às fôrmas de acetato, vendidas para fazer a criação de ovos, tudo se tornou mais acessível. “Há fôrmas no valor de R$ 6,00 a R$ 8,00, dependendo do tamanho, que vêm com duas bandas e um silicone no meio. Antigamente era necessária uma fôrma, um pincel e espalhar o chocolate até chegar a uma determinada espessura para que ele não quebrasse. Hoje, com o silicone, o chocolate sai na espessura correta. Sem falar que as fôrmas são reutilizáveis”, conta.
 
O ingrediente mínimo necessário para fazer os doces é, basicamente, o chocolate. O diferencial vai do derretimento. “Não pode ter nenhum contato com água se estiver em banho-maria, pois ele pode endurecer e nunca mais derreter. Bom lembrar que água e chocolate não são amigos. A dica é, no micro-ondas, de 30 em 30 segundos mexê-lo até derreter completamente. Depois colocar a fôrma com chocolate na geladeira e só rechear”. Para isso, as opções vão da criatividade do cozinheiro, podendo ser utilizados como recheios os mini ovos, confetes, ovos de colher ou, tão somente, bombons.
 
Agora, sobre o valor para quem deseja comercializar, Fabiana explica que depende de pessoa para pessoa. Isso porque são incluídos gastos de produção, como luz, gás, material, mão de obra, entre outros, o que vai variar do custo-benefício de quem está fazendo. Sem falar que, se for específico, como para público vegano, a dificuldade e custo pode aumentar. “Eles não comem chocolate, pois a maioria tem leite, então preferem não consumir. No lugar, adotam o alfarroba, que é uma espécie de vagem que tem ganhado espaço na culinária por ser uma substituta do cacau na preparação de receitas”, explica a especialista.
 
Depois destas dicas, hora de correr ao mercado, separar o que há de melhor e barato, e mãos à obra.
 

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