O mês de março é reservado para homenagear aquelas que fazem valer o poder feminino. Já relembramos nomes importantes na história de algumas mulheres que lutaram pelos seus direitos e mudaram o destino de muitas outras e outros. Agora, que tal conhecer alguns projetos sustentáveis que, além de mudar vidas, têm contribuído para o desenvolvimento do mundo de forma saudável e sustentável? Todos eles, claro, idealizados e conduzidos por mulheres criativas e preocupadas com a continuidade do planeta. Confira.
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Justiça Social: um desafio mundial
Helena Lunardelli
Incomodada com o desperdício de flores que eram descartadas após cerimônias de casamentos e formaturas, a florista Helena Lunardelli teve uma grande ideia. Por que não reaproveitar aquele material e, de quebra, fazer o bem ao próximo? Em 2010 ela criou o projeto Flor Gentil, que, com ajuda de voluntários, recolhe flores usadas em eventos para montar arranjos que viram presentes para idosos de casas de repouso na cidade de São Paulo. Além disso, um outro projeto, o Fundo Gentil, recicla estas mesmas flores para decorar festas de pessoas carentes ou instituições.
Cláudia Martins
Em 12 de janeiro de 2011, uma forte chuva acometeu a cidade de Petrópolis, na Região serrana do Estado do Rio de Janeiro, causando alagamentos, deslizamentos e deixando 35 mil desabrigados. Cláudia Martins, moradora do local, decidiu ajudar as vítimas não apenas fazendo um trabalho voluntário como, também, devolvendo-lhes a dignidade e a força de trabalho. Ela criou o projeto Recicla Tecido, para ensinar o ofício da costura a mulheres de comunidades da região. Elas usam retalhos de malhas e tecidos, doados por empresas do polo têxtil da região, para produzir edredons que ajudam os moradores da localidade. A ação ajuda a quem precisa e ainda fomenta a educação ambiental, promovendo a sustentabilidade e dando capacitação profissional e empoderamento a mulheres em risco social.
Maria Eulina Reis Hilsenek
Após deixar sua terra natal, o Maranhão, ainda na juventude, Maria Eulina chegou a morar nas ruas da cidade de São Paulo onde conheceu uma triste realidade. Após conseguir um emprego e uma mudança de vida, ela decidiu ajudar outros que se encontravam em situação de vulnerabilidade como a que um dia viveu. Em 1997, Eulina criou a ONG Clube de Mães do Brasil que dá a pessoas em situação de rua a oportunidade de aprender um ofício e ganhar o próprio sustento. Dentre os vários projetos desenvolvidos pela ONG, o Ecoarte, além de gerar renda a quem precisa também cuida do meio ambiente. Nele, são confeccionados produtos como bolsas, sacolas de supermercado/feira, portas-objeto, carteira de bolso, sacola de viagem e praia, avental, necessaire, porta-níquel, porta-celular e mochilas, entre outros - tudo feito com PVC doado por grandes empresas e parceiros. Também são reutilizados lonas, sobras de tecidos, plástico, papelão, papel branco, óleo vegetal e vidro. Os objetivos da ONG são promover a sustentabilidade, a reinserção social, a capacitação profissional, o empoderamento e a geração de renda.
Danny Aguiar
Um dia, a designer de acessórios, Danny Aguiar, percebeu que, em sua casa, o consumo de produtos com embalagens longa vida era muito alto e o acúmulo de resíduos era intenso. Ela decidiu, então, reutilizar aqueles materiais e criou uma linha de bijuterias. A designer começou produzindo carteiras e depois, brincos, pulseiras e colares. Além dos recicláveis, ela também usa retalhos em suas criações. Com este trabalho, Danny consegue criar peças originais, que agradam à clientela, e ainda ajuda ao meio ambiente dando um novo destino ao material de descarte, diminuindo, assim, a quantidade de lixo.
Tattiane Marques e Fernanda Junqueira
E, que tal pensar sobre consumo consciente? Foi o que fizeram as consultoras de moda Tattiane Marques e Fernanda Junqueira quando decidiram criar o site Entrelinhas Garimpô, um canal para compra e venda de roupas sustentáveis. Todas as peças são de segunda mão e passam por uma curadoria das amigas. As que precisam recebem ajustes e pequenas reformas antes de serem colocadas à venda. Dessa maneira, elas pretendem conscientizar seus consumidores a fazer escolhas conscientes na hora de comprar, reaproveitando peças que ainda podem estar nos guarda-roupas.
E você? Conhece alguma ação bacana, como essas, lideradas por uma, ou mais, mulheres? Conta pra gente.
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