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Chuvas no Rio: como se preparar?

Em 2019, cidade recebeu a pior chuva dos últimos 22 anos e a frequência de tempestades assusta a população carioca
Assessoria de Comunicação Por: Juney Freire 27/05/2019 - 16:54
Imagem mostra desenho de chuva
Professor fala sobre as chuvas no Rio de Janeiro
O ano de 2019 tem chamado a atenção e provocado medo entre os moradores do Estado do Rio de Janeiro, sobretudo da capital carioca. Isso porque a quantidade de chuvas sobre pontos da cidade do Rio vem crescendo e a região não está preparada fisicamente para a sequência das tempestades tropicais. Segundo o Sistema Alerta Rio, o município recebeu, entre os dias 08 e 09 de abril, a pior chuva dos últimos 22 anos, provocando mortes, alagamentos e transtornos.
 
O doutor em Planejamento Urbano e Regional e professor da UNIVERITAS – Centro Universitário Universus Veritas, Heitor Silva, explica que as raízes do problema combinam com a topografia do Rio, formada por morros. “Somos uma cidade tropical que, caracterizada por grande calor e índice de umidade, favorecem condições ideais para a formação de grandes precipitações (tempestades). Combinado a isso, o Rio de Janeiro é o encontro do mar com a montanha, o que lhe garante uma beleza ímpar, mas acelera muito a velocidade com que a água escoa”, explica.
 
Os bairros do Jardim Botânico, Rocinha, Vidigal, Alto da Boa Vista, Copacabana e Barra da Tijuca são, geralmente, os locais onde o Climatempo e o Alerta Rio identificam grande volume d'água. A cada chuva, cresce a preocupação da população destas regiões. Ao fim de maio, observa-se a necessidade de fechamento da Avenida Niemeyer e evacuação imediata de moradores do Vidigal.
 
Entretanto, na opinião do professor, não cabe culpar os pobres moradores das favelas uma vez que, desprovidos de recursos e tentando sobreviver, ocuparam estes espaços. “Cabe lembrar que estas localidades pobres se combinam com as áreas ricas como fornecimento de mão de obra sem altos custos de transporte para seus empregadores”, comenta o professor.
 
Do ponto de vista urbanístico, restam formas de intervenção a fim de toda a população readaptar-se aos efeitos já esperados ocasionados pelas tempestades. Entre as medidas simples, encontra-se como solução a criação de grandes receptáculos subterrâneos. Porém, a situação fiscal da Prefeitura e do Estado do Rio de Janeiro impede gastos deste montante. Assim, é necessário aplicar outro tipo de conceito, a resiliência.
 
A resiliência é a capacidade de adaptação a uma dada situação. “Neste sentido, pode-se pensar em um calendário de limpeza de rios e córregos, evitando o assoreamento, um programa sistemático de replantio das encostas, revisão do sistema de sirenes que avisam a possibilidade de tragédias nas áreas de risco (favelas e localidades com encostas), acompanhado de um plano de contingência e treinamento das populações vizinhas e campanhas educativas em rádio e TV sobre cuidado com o desmatamento e lixo nas encostas”, sugere Heitor.
 

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