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No Dia da Caridade, conheça a história de benevolência de Francidalva

Com dom de ajudar o próximo, Francidalva é enfermeira e ainda dedica a vida a cuidar de animais e de outras pessoas, por meio de projetos de caridade
Por: Camilla de Assis 18/07/2017 - 11:44 - Atualizado em: 19/07/2017 - 10:37
Francidalva e um dos seus gatos
Francidalva e um dos seus gatos
O ato de ajudar alguém ou algum ser vivo sem ser em benefício próprio e sem esperar recompensas caracteriza-se como caridade. Ironicamente instituído durante a Ditadura Militar, o Dia da Caridade é comemorado nesta quarta-feira (19).
 
Conviver socialmente é ter relações interpessoais e, assim, conhecer realidades diferentes. Algumas delas se apresentam menos favorecidas, por diversos fatores. Entre eles, estão as características hereditárias, as oportunidades oferecidas, a condição social, entre outras. Por isso, em sensibilidade às diferenças de quem se encontra à margem das condições humanas de sobrevivência, muitas pessoas praticam a benevolência e se engajam em projetos de caridade.
 
Creche comunitária
 
Uma dessas pessoas é Francidalva Borges Rodrigues, aluna do primeiro semestre de Gastronomia da UNIVERITAS. A estudante, de 47 anos, sempre foi envolvida com ações que auxiliassem o próximo. Recentemente, Francidalva participou de uma ação promovida pela UNIVERITAS, que, na Páscoa, entrega ovos de chocolate a crianças carentes auxiliadas por uma creche comunitária do Morro Dona Marta.
 
Mas a seu ímpeto de ajudar não acabou na Páscoa. Francidalva também se engajou em auxiliar a creche. Infelizmente, a estudante e enfermeira só participou de uma reunião. “O morro antes era pacificado, mas recentemente toda a atividade de tráfico voltou e eu fiquei com medo de subir e por em risco a minha vida”, explica. Mesmo assim, o objetivo é poder voltar. “Se marcarem uma reunião em outro lugar ou então mais embaixo, não tão lá em cima, eu vou, com certeza. Ou então, assim que a situação melhorar, eu irei lá”, promete a estudante.
 
Mesmo com a grande demanda de pedidos de ajuda, Francidalva afirma que qualquer auxílio faz a diferença. “Eles pedem qualquer coisa, como, por exemplo, ajudar com tijolos para construir um banheiro ou então até mesmo ajudar na construção do cômodo”, aponta.
 
Associação Protetora dos Animais Oito Vidas
 
Não só os seres humanos conquistam espaço na benevolência de Francidalva. Sua grande paixão são os animais e ela expressa isso participando ativamente na Associação Protetora dos Animais Oito Vidas, que recolhe, castra, alimenta, vacina e dá amor a gatinhos em situação de rua. 
 
Antes de entrar para o curso de Gastronomia, Francidalva atuava dando lares provisórios aos animaizinhos que precisavam de sua ajuda. “Eu levava no veterinário, cuidava, dava remédios; e muitas vezes eu dizia para as pessoas da ONG que não precisavam me dar a ração, por exemplo, que passasse para outro gatinho porque eu mesma bancava a do que eu estava cuidando em casa”, explica.
 
Mas, com a correria do dia a dia e com sua múltipla jornada diária - cuidar da casa, dos animais, das pessoas, como enfermeira, e estudar - a fez pedir licença da ONG e assumir outra função: a de distribuição de ração e água para os gatinhos. “Mas quando eu terminar a Gastronomia, vou continuar a cuidar”, promete. 
 
Benefício pessoal
 
Ajudar o próximo não é um benefício somente para quem está em condição desfavorável. Quem ajuda também ganha nessa troca, segundo Francidalva. “De forma pessoal, eu cresço como ser humano e tenho uma outra maneira de ver a vida. O menino que mora no morro pode ser o mesmo que vai te assaltar lá embaixo, no asfalto. Mas indo para a realidade dele, eu entendo porque ele faz isso”, expõe a estudante. 
 
Pelo seu amor a ajudar os animais, sua casa é repleta de bichos. Francidalva possui cinco gatos, um cachorro e um passarinho. Todos oriundos de situações de risco. Conheça aqui mais sobre a Associação Protetora dos Animais Oito Vidas.

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