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Dia da Escola: O papel e os desafios do pedagogo durante a pandemia

Por conta da pandemia, muitos profissionais tiveram que se reinventar e reinventar o conceito de escola
Por: 15/03/2021 - 13:25
A educação infantil é uma fase de suma importância na vida de uma criança. Isso porque é nela que este futuro cidadão adquire valores e inicia a construção de conhecimentos sócio-culturais. Nesta segunda-feira (15), em que se é celebrado o Dia da Escola, vamos destacar a figura de uma importante peça nessa engrenagem: o pedagogo.
 
O que faz um pedagogo?
 
Na educação infantil, o pedagogo é responsável por acompanhar o desenvolvimento da criança, traçando metodologias eficientes e personalizadas para cada situação. "Esse profissional atua analisando situações de metodologia onde o aluno aprenda de forma contextualizada e significativa. Analisando, também, a relação da criança com a escola e a influência da família com orientações. A atuação do pedagogo na educação infantil é extremamente ampla. Ele trabalha com o aluno, com os pais do aluno e com os professores", explica Simone Bérgamo, psicopedagoga e diretora acadêmica do grupo Ser Educacional.
 
No entanto, devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus e a paralisação das aulas presenciais, esse profissional precisou se reinventar. "Na pandemia, houveram várias situações diferentes. Eles tiveram que orientar professores da educação infantil de turmas de dois anos, para criar estratégias que chamassem a atenção da criança. Tiveram que criar um material, que foi enviado para casa, que servisse de apoio. Até porque o tempo de concentração das crianças é bem menor", destacou Simone.
 
O papel do pedagogo na pandemia
 
Paula Silva foi uma das profissionais afetadas por causa da pandemia. A escola em que trabalha, em Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR), adotou o ensino remoto desde o início das restrições de convívio. Segundo ela, o primeiro impacto sentido foi a evasão dos alunos da educação infantil. Muitos não frequentavam as aulas on-line. "Tivemos uma evasão de mais de 60%. Muitos pais alegaram não ter condições de acompanhar as aulas junto aos filhos, porque estavam tendo que trabalhar em esquema de 'home office'. O número de alunos caiu drasticamente", relata a pedagoga.
 
Os alunos que frequentavam as aulas tinham dificuldades em se adaptar ao novo método, segundo Paula. No entanto, ela conta que isso mudou um pouco com a adoção de um programa de ensino "mais leve" por meio da instituição. "Mudamos nosso cronograma de ensino, criando atividades virtuais por meio de 'games' interativos. Outro ponto foi nomear personagens desses jogos com os nomes dos alunos da classe, isso criou um ambiente mais descontraído e fez, mesmo que através de brincadeiras, os alunos interagirem entre si e fortalecer a socialização", evidencia a profissional.
 
Apesar de reconhecer os avanços na educação remota para crianças e jovens, Simone Bérgamo acredita que esse método só permanecerá durante a pandemia. "A criança precisa trabalhar a socialização. O ensino remoto, no caso da educação infantil, eu tenho certeza que ele vai ser mais lapidado. No entanto, a realização do presencial é fundamental por causa das relações sociais, das aprendizagens em pares, em grupo, que são fundamentais nesta idade", pontuou.

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