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458 anos de Guarulhos e muita história que você precisa conhecer

Separamos uma lista com curiosidades que marcaram a cidade, mas que nem todo guarulhense sabe que existe. Confira!
Rebeca Ângelis Por: 07/12/2018 - 16:30 - Atualizado em: 07/12/2018 - 16:45

Muita história marca os 458 anos de evolução da cidade de Guarulhos. O município, que também é considerado o segundo mais populoso do estado de São Paulo, foi fundado em  8 de dezembro de 1560. Sua origem, dada pelo padre jesuíta Manuel de Paiva, é ligada a de cinco outros povoamentos que tinham um principal objetivo: defender o povoado de São Paulo de Piratininga contra um possível ataque de outros indígenas, os Tamoios.

De lá para cá, muita coisa aconteceu. E nada melhor do que conhecer um pouco dessa história numa data tão importante como a deste sábado (8), não é mesmo?! Com a ajuda do professor da UNG e pesquisador da história de Guarulhos, Daniel Campos, separamos três fatos marcantes. Confira!

Guarulhos x Minas Gerais: quem foi a pioneira do ouro? 

Engana-se quem pensa que Minas Gerais foi pioneira na descoberta do ouro. Quando esse descobrimento foi feito nas terras mineiras, Guarulhos já tinha 100 anos de atividade garimpeira. De acordo com Daniel, a exploração de ouro em território guarulhense ocorreu, até aproximadamente 1812. Essas atividades foram as primordiais para a consolidação das primeiras estruturas urbanas no município, inclusive os registros de escravização indígena e de negros africanos. “Guarulhos sendo uma das primeiras localidades a ter mineração no Brasil, se não, a primeira, evidencia a importância histórica”, explica o professor.

Ele afirma ainda que a presença de ouro em Guarulhos atraiu a atenção de personagens que fizeram parte da história do Brasil, como o bandeirante paulista Amador Bueno da Veiga que adquiriu grande porção de terras no município e participou da Guerra dos Emboabas, em 1707.

*À esquerda, registro de Duto de uma pedra de 96 m de comprimento usado para o encaminhamento de água para a mineração aurífera. Reprodução/Daniel Campos

21 bens de valor histórico e uma história marcante

Dos 21 bens tombados que Guarulhos possui - em sua maioria edificações - um registro de  atributos históricos, estéticos e memoriais ligados, ressalta a memória da industrialização da cidade. É o caso da fábrica de Casimiras Adamastor, construída em 1946. 

“Na segunda metade do século XX, com a industrialização, Guarulhos passa a estar condicionada à dinâmica da região metropolitana de São Paulo”, ressalta o professor e pesquisador, Daniel Campos.Ele salienta ainda que o termo ‘Casimira’ significa, no Brasil, tecido de alta qualidade. Surgiu da popularização da palavra japonesa ‘Kasymiura’ que, por sua vez, consiste em finos tecidos produzidos por meio da lã de cabras originais da região da Caxemira (fronteira entre a Índia e Paquistão). 

A Fábrica, de acordo com  Arquivo Histórico de Guarulhos, tornou-se famosa por produzir, entre 1950 e 1960, linhas mais finas e de alta qualidade. Na época, a fábrica deu início com 400 funcionários e teve esse número duplicado, chegando a lucrar anualmente 350 milhões de cruzeiros. As atividades industriais da fábrica foram encerradas na década de 1980. No dia 11 de abril de 2001, o local foi declarado de utilidade pública mediante o decreto municipal. E em 18 de setembro de 2003,  foi criado oficialmente o Centro Municipal de Educação Adamastor, por toda sua história na cidade.

Detentora de uma das principais reservas da Biosfera

Em meio aos variados patrimônios tombados e sua grande globalização, Guarulhos também se faz marcante pelo seu território como um todo. Na cidade, também cabe espaço para a presença do verde da natureza. Daniel explica que cerca de 1/3 de seu território, em sua porção norte, é caracterizado pela presença de uma densa cobertura vegetal de Mata Atlântica. Essa riqueza dá suporte a uma grande diversidade de animais e a uma rica rede de cursos d’água (rios, córregos e ribeirões).

A região também integra como uma das últimas remanescentes da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo – RBCV, incluída, em 1993, pela Unesco no programa “O Homem e a Biosfera”. Sua importância é vista pelo papel de desempenhar a promoção de serviços ambientais, como: a manutenção do microclima, a regulação térmica, a oferta de água para a população e o regime de chuvas.

“Guarulhos tem uma crise de identidade. Por estar localizada nos limites da cidade de São Paulo, que é uma gigante, se apequena. Por outro  lado, na sua porção leste, faz divisa com pequenos municípios, como Arujá e Santa Isabel, aí Guarulhos se agiganta.”,  finaliza o professor.

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